E lá estava ela...na esquina de casa...olhar mocho e orelhas caidas, tristinha que dava dó.
Eu, já no meio da rua, com Sadan e Samilli, dois cães " prata da casa", indo em direção ao mar para minha caminhada vespertina a beira mar. Não demorou muito, e lá estava ela a nos rodear, se mostrando e querendo atenção, deixando a mostra a sua carência de afetividade, "um dono pra chamar de meu".
Eu firme...não dei a minima esperança a esse animalzinho, e ela ali insistente. Retornei a minha residência, fechei o portão como querendo dizer...aqui voce não entra....tudo em vão.
No dia seguinte, minha filha deu uma pequena atenção a ela...foi o que bastou...ali mesmo a cadelinha adotou minha filha como dona. Eu particularmente acho que deveria ser o contrario...mas quem sou eu para ordenar e julgar coisas que não dependem de nossa vontade. Essa aproximação se prolongou por mais três dias...no primeiro, ficou plantada no portão sem sair sequer para nada. No segundo dia, a chuva era intensa...ventos fortes e a cadelinha ali...irredutivel; ajudei minha filha a carregar uma casinha de cachorro até o passeio para servir de abrigo...ai deu...o animalzinho ganhou um nome...LOIRA. Isso foi a deixa para por um pézinho, digo uma patinha, quintal a dentro.
Dai por diante ficou facil, A resintência por mim empetrada já estava por terra, só me restou conversar com minha filha se ela estava ciente das obrigações de afetividade, cuidados e higiene, os quais ela terá com sua futura cadelinha.
Banho tomado...integração quase perfeita com os outros cachorros da casa, espaços definidos..., ou seja..., cada um no seu quadrado, e a nova integrante, obediente e esperta, ocupa seu lugar em casa, livrando-se das ruas, porém, tudo isso me fez repensar a letra da musica de Dusek...
